quarta-feira, 22 de abril de 2009

Poemeto

Eu me perdi naquelas duas bolas
escuras perdidas na escuridão.
Juro, se teus olhos fossem um país,
fazia uma revolução.
Mas escrevo palavras,
nunca peguei em armas, não.
Deitada em teu mundo,
juro, a vida tem sempre uma solução.
Lá se vai a crise,
já nem sei da depressão.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cenas urbanas

Havia algo de humano no olhar da moça de cabelos vermelhos que pedia calma para o seu amor, hoje, ao meio dia na general câmara. Ele resoluto, nãoa ceitava, e ela argumentava com uma fragilidade, com uns olhinhos de quem quer apenas paz. Ele bufava. Fazia que não com a cabeça. Ela triste, vendo o amor indo embora pelo ralo, gesticulava, tentando explicar algo que parecia inexplicável. O corpo cansado de tanto imaginar a volta, de tanto sonhar com um abraço, com um perdão. Ele, acima do peso, vermelho nas bochechas, achando-se cheio de razões, de motivos, não aceitou nada, nem as mãos dela que pareciam tentar acarinhá-lo. Eu olahndo pela janela do lotação, torcendo para que ela voltasse feliz para o trabalho. Que ganhasse o seu abraço, o seu beijo, o seu perdão. Então, uma mulher entrou, me distraí. E quando vi, cada um ia para um lado da rua. Seguiam caminhos opostos. Ela triste, com olhar longe, não acreditando que o perdão não veio. Ele, bem, ele voltará. Quando cair na real de que ela gosta de verdade dele.