sábado, 20 de dezembro de 2008

Você me veio como um sonho bom

Dirigindo por Porto Alegre, eu só penso nela. Alessandra dorme em Recife, ou como ela adora falar: no Recife. A cidade tá quente. Eu estava tão suado que não aguentei ficar lá no Ocidente. Todo mundo com a namorada, com quem está ficando, e eu fingindo que não estou triste por ela não estar comigo. Me perguntam por ela. Eu falo dela. Alessandra está presente comigo, tal qual uma amiga invisível, alguém que não existe e eu invento. Conto que, quando ela fala rápido, peço para falar mais devagar. Que não entendo, muitas vezes o que ela diz.
Na volta para casa, penso nela, penso no quanto ela me faz falta. Em como me sinto sozinho. Pego o celular e telefono para ela. Ela doce, como sempre, atende. Conto da minha vida aqui, como se relatasse uma viagem para Antártica. Seres estranhos, pessoas diferentes, mundos opostos. Tentamos fingir que estamos um do lado do outro. Que é só virar na cama que a perna tocará na do outro.
No fundo, tudo dói. Tanto, que evitamos contar. A insegurança de mais um ano começar, sem sabermos o que será de nós. De como a vida é estranha. As festas estranhas, a bebida sem ser legal, o sorvete derretendo, a infelicidade de morarmos a milhares de quilômetros.
Saudade é algo tão corriqueiro, que o anormal é matá-la. Ela sorri do que eu falo e eu fico tão alegre com isso. Na verdade, fico triste, por não ver ela sorrindo. Por não tocar no seu cabelo, por não poder abraçá-la, por sempre ter que relatar as coisas e nunca ela estar lá.
Então, me deito e durmo. Sem saber como venço isso. Como não me deixo vencer pela solidão. E não lembro das despedidas que o aeroporto me faz ter. Esperando o dia que ela fique e nunca mais vá.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Reflexões

Somos de uma geração de príncipes e princesas. As frustrações são mínimas, não nos ensinaram a tê-las. De quem é a culpa? Dos teus pais? Ora, deixa de bobagem. Teus pais sempre fizeram de tudo para que tu não fosses triste. E é tão triste lembrar que tu erras também. Pois é. Então, vem alguém te dizer que não és quem tu imaginas que sejas. Que a vida passou em um segundo e que todo mundo foi pra frente e tu ficaste. Bom, aí buscas dentro de ti tudo que gostarias de buscar. Desde as coisas boas até as ruins, mas tu não queres mais saber quem és. Por isso, vais para a noite. Bebes até cair, querendo esquecer que todo mundo erra também. Aí, no outros dia tudo volta. Desde os teus sonhos até os teus pesadelos. Teus medos são iguais aos de um monte de gente e dói saberes que és apenas mais um. Mais um perdido nas estradas e ruas. Aí, tu te achas protagonista dessa festa. E não és. Nem ninguém é.

Aí, tu choras, querendo que a tua vida volte ao início. Recomeçar a página do branco. Perder todas as memórias ruins. Aqueles merdads do colégio, que não existam mais. Que Aquela menina mimada nunca tenha te dado o fora. Aquele porre nunca tenha acontecido. Pena, que a vida pode recomeçar pra ti, mas para os outros, não. Então, tu vais para tudo que te tire do ar. Dormes que nem um bebê, bebes que nem uma criança e usas drogas que nem um imbecil. Nada te faz esquecer que tu não estás mais com a direção da tua vida na mão.

Bom, aí, que fazer? Não fugir mais. pode parecer uma bobagem, mas muito dos problemas do mundo estão aí. O ser humano anda cada vez mais down!!! E isso, não tem previsão de acabar....

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mi morocha

Yo te amaré, mi morocha,
com teus olhos pedindo carinho,
teus olhos pedindo perdão.
E quando estiveres cansada,
mi morochita,
farei de tudo para que possas
dormir em paz.
Te amaré, mi morocha,
con los ojos cansados,
con las manos llenas de amor.
Ah, morocha,
soy de ti,
soy de quién me quiere
de quién extraña me.
E a tua falta
caminha pela casa como um fantasma
querendo nunca ser olvidado,
como tu,
como tudo que sinto por ti,
mi morocha de pellos niegros
y amor más grande del mundo.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Despedidas

Sentado no concreto, com o sol na cabeça, uma camiseta do time no corpo e outra tapando os raios solares, de calça e com esperanças, lá estava eu querendo ser campeão brasileiro. Não fui. Apesar de toda a esperança, sabia que havia muitas chances de não ser. Não fui. Triste realidade, a de não saber se estarei aqui na próxima temporada. A de olhar para o estádio e sentir saudade de algo que ainda não terminou. Ou que não sei se terminará. Olho as pessoas, cada uma esperando o melhor, que não veio. Quem sabe ano que vem. Ah, cada despedida causa muita esperença. Nem que seja só da temporada de 2008.

Resolvi não me despedir desse blog. Não vale a pena, não há tanto poder assim das outras pessoas para que isso ocorresse. Assim, não me despedi dele. Dessa forma, seguiremos aqui e em outro, mas esse não divulgarei. É meu e não será público. Bom, lá se vai o ano. E olhar para ele é ver o que deu certo e errado. Confesso que nesse dia, em 2007, nem sonhava com nada que me aconteceu. Espero estar assim daqui a um ano. Se não der, espero que, se souber, seja feliz.