segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cenas urbanas

Havia algo de humano no olhar da moça de cabelos vermelhos que pedia calma para o seu amor, hoje, ao meio dia na general câmara. Ele resoluto, nãoa ceitava, e ela argumentava com uma fragilidade, com uns olhinhos de quem quer apenas paz. Ele bufava. Fazia que não com a cabeça. Ela triste, vendo o amor indo embora pelo ralo, gesticulava, tentando explicar algo que parecia inexplicável. O corpo cansado de tanto imaginar a volta, de tanto sonhar com um abraço, com um perdão. Ele, acima do peso, vermelho nas bochechas, achando-se cheio de razões, de motivos, não aceitou nada, nem as mãos dela que pareciam tentar acarinhá-lo. Eu olahndo pela janela do lotação, torcendo para que ela voltasse feliz para o trabalho. Que ganhasse o seu abraço, o seu beijo, o seu perdão. Então, uma mulher entrou, me distraí. E quando vi, cada um ia para um lado da rua. Seguiam caminhos opostos. Ela triste, com olhar longe, não acreditando que o perdão não veio. Ele, bem, ele voltará. Quando cair na real de que ela gosta de verdade dele.

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