quarta-feira, 9 de julho de 2008

Poema de despedida

Os teus olhos são tão pequenos
que nem me olham mais.
Se te peço abraços,
carinhos, beijonhos,
me olhas de um jeito
de tanto faz.
És assim,
um círculo
cheio de fins.
Na saudade,
até choro
e para algum santo bom,
até oro.
Entretanto,
nada te faz ser humano,
nem te reconheço mais
nos cartões em que dizia
que te amo.
A casa está vazia,
a tua parte da cama, fria.
A lareira está sem lenha,
e quando te arrependeres,
não me venha,
dizer que errou.
És substituível, meu amor,
ou tu achas que ainda ficarei
chorando pelas madrugadas,
lembrando de tuas ofensas passadas?
Novas paixões virão,
e delas farei sonhos,
escreverei poemas,
me enrolarei em suas pernas morenas
e saberei ser feliz.
Já tu,
fiques com todas essas mágoas,
e a maldade que tanto te condiz.
Um dia volto para pegar os sonhos
que são meus.
Adeus.

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